Portugueses compram menos jornais

"Nos primeiros nove meses do ano, os portugueses compraram menos 16249 diários de informação geral que em igual período de 2005. Segundo dados ontem divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), este segmento vendeu um total de 332 575 exemplares, menos 4,7% em comparação com o ano passado, altura em que as vendas superaram os 348 mil."

Primeiro desportivo gratuito

O primeiro jornal diário gratuito desportivo português será lançado a 5 de Janeiro, em Liboa e no Porto.

O director é Fernando Correia, responsável pelo programa «Bancada Central» da rádio TSF, que afirma que o que se pretende é "fazer um diário sobre todas as modalidades desportivas" e não apenas futebol.

Com uma tiragem de 100 mil exemplares, o jornal será distribuído nas mesmas zonas que os outros jornais gratuitos existentes. "As novidades serão os estádios de futebol (especialmente nos dias de jogos), as companhias aéreas, as cadeias de hotéis e os bancos", salientou o director de publicidade, Paulo Anes.

Maioria das rádios não está na internet

"31 rádios portuguesas não têm qualquer presença na Internet, seis limitam-se a ter um site (não retransmitem a emissão) e 61 apresentam um sistema de retransmissão em "streaming" (não têm site próprio)". Conclui Pedro Portela num estudo apresentado hoje na Universidade do Minho, em Braga.

É indiscutivel que a internet veio provocar mudanças nos meios de comunicação social. No caso da rádio, as mudanças ocorrem ao nível da produção, distribuição da informação e na relação com os ouvintes.

"A Internet veio permitir, em particular às rádios de entretenimento, um aprofundar da proximidade e intimidade com o ouvinte. Mas, a Internet também veio permitir à rádio um novo fôlego na informação, pois a sua presença on-line é sem dúvida quase sempre mais forte e de maior fôlego do que a proposta pelos seus mais directos competidores, a televisão e os jornais".

Trabalhos jornalísticos homógeneos

"As aberturas dos trabalhos jornalísticos são sempre muito semelhantes ou mesmo idênticas em todas as televisões. Uma vez mais, foi dado destaque à crispação entre candidatos, ao "jogo de estratégia" e esquecidas as propostas políticas. "Há uma homogeneidade de pensamento e das escolhas dos jornalistas" na construção da notícia". A conclusão é retirada pela jornalista Sandra Couto que apresentou esta semana a tese de mestrado na Universidade do Porto.

O estudo incidiu sobre a campanha das presidenciais, entre os dias 8 e 20 de Janeiro, nos noticiários das 20:00 das três estações televisivas.

2006 - o ano mais mortifero para os jornalistas

Este ano já morreram 96 jornalistas, o que o torna o ano mais mortifero de sempre, desde que há estatisticas, para os profissionais da comunicação, segundo a organização Presse Emblème Campagne (PEC), com sede em Genebra.

A PEC defende um reforço das medidas de segurança para os jornalistas nas zonas de conflito, promovendo nomeadamente a ideia de uma convenção internacional específica.

Televisões criam grupo de trabalho para uniformizar dados sobre programação

E o preço do jornal continua a subir

Os semanários Expresso e Sol e o diário Público vão optar por não aumentar o preço de capa no início de 2007, apesar de grande parte das empresas de media planearem possíveis aumentos devido ao custo do papel, 7,5% mais caro.

Fica assim justificado porque a leitura de jornais online continua a subir (Sites de jornais com mais visitantes).

Vocação

Quantos de nós, enquanto estudantes ou mesmo já depois no início da profissão, nós questionamos acerca da vocação? No livro "Cartas a um Jovem Jornalista", de Juan Luís Cebrián, Editora Bizâncio, Honório, aspirante a jornalista, também se questiona acerca da sua vocação. E aqui fica um excerto da "resposta" do profissional espanhol:

“Ou seja que não me venhas com disparates de se tens ou não vocação de jornalista. É melhor que te perguntes se és curioso, impertinente, se te interessa o que te rodeia, se queres averiguar o porquê das coisas. Então não sei se terás vocação mas pelo menos tens, em princípio, algumas das aptidões necessárias.”

Neste livro, o autor debate com um aspirante a jornalista algumas questões relativas ao exercício da profissão.

Uma obra recomendada a todos os candidatos a jornalistas mas também àqueles que se interessam pelos problemas que afectam os órgãos de comunicação social.

ERC reage

"A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) veio ontem defender-se das acusações de ter desenvolvido ataques à liberdade de Imprensa, reagindo assim ao editorial do jornal "Público" do passado dia 8, no qual o director, José Manuel Fernandes, acusava a ERC de sugerir censura ao texto de Eduardo Cintra Torres que fez estalar a polémica da cobertura dos fogos na RTP."

A ver: Publicação no jornal Público da Recomendação

TV principal fonte de informação

Directores de informação da RTP e da SIC concluem que "é na televisão que as pessoas têm o seu primeiro contacto com a informação, porque lêem poucos jornais". De referir que a televisão e a internet são as principais fontes de informação para a generalidade da população.

Contudo o aparecimento dos jornais gratuitos (Metro e Destak) tem cativado o público e aumentado os hábitos de leitura dos portugueses.

O que acontece nos EUA: "Como fonte sobre notícias em geral, a internet fica atrás da TV local, da TV nacional, do rádio e do jornal local. Ela bate, no entanto, os jornais de circulação nacional".

Porto debate jornalismo

"Os jornalistas de hoje, os jornais de hoje, tal como nós entendemos, vão seguramente acabar, pois a realidade é bem diferente". Quem o diz é o director do JN, José Leite Pereira, no encontro que encerrou o segundo ciclo de debates promovido pelo Clube dos Pensadores, na Maia.

"Jornais e Televisão" era o tema do debate que contou, ainda, com a presença do administrador do semanário "Sol" e fundador da CNL, José Marquitos, o director do "Matosinhos Hoje", Joaquim Queirós, e a jornalista Marta Azevedo, que é membro do clube, presidido pelo biólogo Joaquim Jorge.